Atividade econômica inicia 2012 com crescimento de 0,7%, revela Serasa Experian

Consumo das famílias e do governo impulsionaram a economia no primeiro mês do ano

A economia brasileira iniciou o ano de 2012 recuperando um pouco do dinamismo perdido durante a segunda metade do ano passado. O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) registrou elevação mensal de 0,7% em janeiro/12, já efetuados os devidos ajustes sazonais, taxa ligeiramente acima daquelas verificadas nos meses finais de 2011 (0,4% em novembro/11 e de 0,5% em dezembro/11).

Na comparação com o primeiro mês do ano passado, houve crescimento de 2,6% da atividade econômica, taxa ainda um pouco abaixo daquela verificada ao longo de todo o ano de 2011: crescimento de 2,7%.

O setor industrial foi o que puxou a expansão da atividade econômica no primeiro mês deste ano, crescendo 0,7% em relação a dezembro/11. No setor de serviços, o crescimento foi um pouco menor (0,5% em janeiro/12), ao passo que o setor agropecuário acusou crescimento nulo em janeiro/12.

Do ponto de vista da demanda agregada, o consumo, tanto das famílias (alta de 0,9%) quanto do governo (crescimento de 1,9%), impulsionou a atividade econômica em janeiro/12. Já os investimentos, recuando 4,0% no primeiro mês do ano, pesou negativamente sobre o desempenho da economia brasileira em janeiro/12. Também contribuiu negativamente para a atividade econômica, no primeiro mês de 2012, o setor externo: as exportações recuaram 7,6% e as importações avançaram 1,6%.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a tendência é de que, com o processo de redução dos juros e da normalização dos níveis de inadimplência, a atividade econômica vá ganhando impulso de forma gradativa, porém consistente, ao longo do ano de 2012.

A série histórica deste indicador está disponível em
http://www.serasaexperian.com.br/release/indicadores/atividade_ecomonica.htm

Metodologia do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal)
Na construção do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) utilizam-se técnicas estatísticas de desagregação temporal com indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso). Cada subcomponente do PIB Trimestral, sem ajuste sazonal, oriundo do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, foi desagregado, por cada uma das técnicas supramencionadas, utilizando-se séries de alta freqüência (mensais) altamente correlacionadas com a série a ser desagregada. Considerou-se como estimativa final de cada série mensal associada a cada um dos subcomponentes do PIB Trimestral a média aritmética simples dos valores mensais obtidos por cada uma das técnicas distintas de desagregação temporal.
As séries mensais finais dos subcomponentes foram utilizadas como indicadores para a obtenção das séries dos níveis hierárquicos imediatamente superiores, sempre considerando como estimativas finais, em cada etapa, as médias aritméticas dos valores obtidos pelas quatro técnicas de desagregação temporal. Tal procedimento foi conduzido até chegar-se à última desagregação temporal, ou seja, do PIB Trimestral Consolidado, sendo que, para tanto, consideramos como indicadores mensais as séries desagregadas dos componentes da oferta agregada.
Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se TRAMO/SEATS constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral.

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